Seminarista Damião, faz uma reflexão sobre o tema do DNJ em São Felipe

                
             Fraternidade e Tráfico humano, eis o desafio para a juventude!

Na oportunidade da realização do dia nacional da juventude (DNJ), somos motivados a, com os jovens, retomar a reflexão realizada na Campanha da Fraternidade deste ano, quer buscou nos despertar para a problemática do tráfico humano, como uma realidade que fere profundamente o projeto de felicidade que Deus tem para o ser humano, que encontra seu eixo balizador ma liberdade, pois como nos diz São Paulo: “É para a Liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).
Verdadeiramente, nos nossos dias, existem diferentes formas de escravizar as pessoas e os jovens, por estarem mais vulneráveis, são mais afetados por um sistema bem estruturado e desumano chamado tráfico humano.
Dentro de uma realidade que nos desafia, o ser cristão nos leva a uma intrigante e necessária indagação: “Onde está o teu irmão?” (Gn 4,9). Esta questão feita pelo próprio Autor da vida nos aponta para uma busca de respostas diante da situação e nos faz pensar muito seriamente sobre as nossas escolhas de agora, pois elas, muitas vezes e de forma velada, vão nos empurrando para um abismo sem fim.
A situação do paradeiro de muitos dos nossos irmãos nos desafia, uma vez que Fraternidade e Tráfico humano é a mola mestra que nos impulsiona a uma reflexão do drama humano de um jeito alargado. Deste modo, podemos alçar mãos desta questão, respondendo-a, apontando que os nossos irmãos estão: nos ambientes de prostituição, nas carvoarias, nas fazendas, nas mesas de cirurgia, tendo seus órgãos retirados para traficação, nas fábricas de trabalho forçado, nas praças jogados, sem dignidade, sem atenção, sem cuidado, sem afeto, enfim, sem ser olhado, zelado dignamente!  
Por este prisma, podemos inferir que tudo isso é resultante da criação de ídolos de todas as espécies, especialmente o dinheiro. Ela é o mentor de uma série de escravidão, pois é elemento de usuras, desejo de vida fácil e luxuosa e vontade de ter sempre mais, ocasionando, assim, o uso de pessoas, para fins diversos, como meio de obtenção de prazeres efêmeros, isso contradiz uma verdade inquestionável: o dinheiro foi pensado para as pessoas e não inversamente, como objeto de escravidão!
Que a celebração do DNJ, nas terras dedicadas aos santos apóstolos Felipe e Tiago provoque, em todos os jovens de São Felipe e das demais localidades, uma maior compreensão que Cristo Jesus nos liberta das prisões: corporais, sociais e espirituais!
Com atenção e estima,

Damião Conceição de Souza Borges - Seminarista Diocesano de Ilhéus/ 2014
                                               Colunista católico do nosso Blog  

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