Estaleiro de Maragogipe demite 470 trabalhadores e afirma que número vai aumentar

Foto: Divulgação 
A Enseada Indústria Naval S.A., empresa do setor da indústria naval com sede em Maragojipe, informou na quarta-feira (10) que demitiu  470 dos trabalhadores integrantes do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) e que este número deve atingir mil funcionários diretos ainda no mês de dezembro.
Segundo a empresa, que ocupa 1,6 milhão de metros quadrados e tem capacidade para processar 36 mil toneladas de aço por ano, a redução foi provocada pela indisponibilidade momentânea de recursos financeiros do seu principal cliente, a Sete Brasil, que tem entre seus acionistas a Petrobras e é responsável pela construção de seis sondas de perfuração do pré-sal.
De acordo com a Enseada, o efetivo do CEP soma hoje, depois das demissões, 2,7 mil trabalhadores. Além deles, outros mil trabalhadores diretos atuam na operação industrial da Enseada.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav-BA), Adalberto Galvão, a Sete Brasil já deve há meses aos seus fornecedores. “A empresa deve cerca de R$ 200 milhões apenas ao Estaleiro. Este débito gera um descontrole contratual e uma situação de crise sistêmica”, disse.


“Os trabalhadores da planta estão em uma situação de insegurança. Na terça, foram demitidos 435 funcionários e até sexta devem ser demitidos mais 1,9 mil, entre eles 1 mil contratados e 900 terceirizados”, completou.
Em nota, a Petrobras revelou que as demissões não devem gerar impacto em seu cronograma: “A Petrobras informa que o seu Plano de Negócios 2014-2018 está mantido e que sua carteira de projetos não sofreu alteração”.

Correio

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