Depois
de assinar Medida Provisória que trata da política de salário mínimo de
2016 a 2019, a presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, 24,
que o Palácio do Planalto não está "atropelando nada nem ninguém". A MP
mantém a atual política para a área, de combinação da recomposição da
inflação do ano anterior mais uma taxa de aumento real equivalente ao
crescimento do PIB de dois anos antes.
O
Planalto costurou um acordo com o PMDB e o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), que resultou na retirada da pauta de votações de um
projeto que estendia até 2019 a política de reajuste do salário mínimo.
Isso poderia dar o mesmo gatilho de reajuste para todo o regime geral da
Previdência.
"Temos no dia 1º de maio, daqui a
um mês, nós temos o Dia do Trabalhador. Tradicionalmente foi sempre o
Executivo que enviou as Medidas Provisórias de valorização do salário
mínimo. Essa não foi a primeira vez que fizemos, é a segunda que eu
assino", disse Dilma a jornalistas, depois de participar de solenidade
de assinatura da MP, no Palácio do Planalto.
"Então
o que temos certeza é que essa Medida Provisória tem urgência e tem
toda a justificativa para ser enviada. Sempre fizemos isso. Não há nada
de diferente. Não estamos atropelando nada, nem ninguém. Estamos
exercendo uma coisa que é característica do governo: o direito de
iniciativa em algo que gera despesas", comentou a presidente, destacando
que o acordo foi acertado com a base aliada.
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