De 2013 a 2015, o estado baiano registrou 39% a menos de ocorrência, o que significa um retrocesso para o coordenador geral do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca/Bahia), Waldemar Oliveira. Para ele, o motivo da queda é a desmotivação pela incapacidade de resolução dos casos. “Nosso sistema de apuração não tem capacidade para levar os casos até o final. Acaba caindo o número de denúncias porque frustra denunciar e não ver a punição. O sistema não tem dado resultados concretos”, explica.
Oliveira cobra mais estruturação da Polícia Civil, delegacias especializadas e políticas públicas de Educação, além da capacitação profissional. Dos casos registrados, segundo o coordenador, a renda familiar precária é um dos motivos que levam meninas à prostituição. “Se o governo se debruçasse em políticas púbicas que garantam que o jovem se mantenha na escola, depois tenha capacitação profissional, vamos diminuir esses dados. Falta decisão política e recursos”, defende. Ele ainda ressalta a necessidade de uma bolsa-auxílio para manter as jovens na escola.
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