A BARRAGEM DE SÃO FELIPE- BA
No caminhar dos anos temos
enfrentado um grande problema ambiental, e hídrico na Cidade de São Felipe- BA.
Onde cabe argumentar, a validez da barragem local, uma vez que seu recurso
fluvial vem se tornando escasso, devido aos maus cuidados e a falta de políticas
públicas que fortaleçam a preservação do patrimônio. Neste sentido,
compreendemos que a barragem de São Felipe tem sido esquecida, por parte dos
gestores públicos e até mesmo pela ‘naturalização’ da população que muitas
vezes se faz omissa e calada diante do atual cenário.
Vale atentar, a falta de fiscalização dos órgãos públicos, o alto grau de
vulnerabilidade social vivenciado pelas populações ribeirinhas, a falta de
planejamento social/particular, a falta de infraestrutura, junto a inexistência
do saneamento básico, fortificando a não proteção do patrimônio ambiental, ao
qual compõem-se ao manancial do rio
copioba, representado pelo barragem. Para tanto, a presença da vegetação é um dos
atributos que potencializam a atuação e a reserva de água, recurso este único e
insubstituível que vem sendo posto em detrimento devido às más condições de
limpeza, reflorestamento e vigilância sanitária.
Em paralelo a isso, nos últimos anos
nos deparamos com as crises de seca que atingiram a população sanfelipense...
Salvo engano 2013/2014, vivemos situações que fizeram a população sentir a falta
e a importância de se ter água em casa, para uso, consumo, higiene e limpeza. Ou
seja, este foi também um ‘gancho’ de partida, para que começássemos a
direcionar nosso olhar para a função social e fundamental que a barragem contém
dentro da São Felipe, uma vez que o local é dependente do abastecimento de água
proveniente da represa, para que possa se sustentar e dá continuidade as
funções realizadas pela população. Vale lembrar, que o mau uso da barragem,
contribui com ações impróprias como exemplos: banhos, depósitos de resíduos
domiciliares, propagação de lixos, que podem ser materiais tóxicos, junto com
os detritos exposto no solo, que facilmente são atraídos e jogados para dentro
da bacia.
Todavia, a presença da mata ciliar, tem sido desmatada muitas
vezes pela própria ação antrópica, que ao invés de preservar o meio
natural, acaba removendo os demais agentes que protegem o recurso fluvial. Para
tal, não podemos deixar de observar a falta de preservação e tratamento, sendo
que a mesma água vem dos diversos afluentes, aos quais na maioria das vezes
podem também está contaminados por esgotos ou resíduos tóxicos que se agregam nas
particularidades do objeto de análise. Este deve ser um dos motivos de crítica
e inquietação, pois não podemos pensar no município que abastece
majoritariamente uma população, mas que deixa a desejar na qualidade e na ativa
promoção de uma rede de tratamento, químico, mecânico, industrial ou natural.
Com efeito, soma-se reivindicar ao
Estado, melhores condições de infraestrutura e armazenamento de água, no que
carece lembrar o forte risco, que ecoa para as pessoas que moram próximo ao
local. Assim, devemos pensar também na falta de proteção em torno da barragem,
motivo pelo qual muitas pessoas utilizam a mesma como forma de lazer e acabam
morrendo dentro da bacia. Dessa maneira, a potencialidade dos recursos tem sido
esquecida, pelo descarte e má articulação política em prol de sua requalificação,
tornando- se um dos problemas decorrente da falta de vegetação em torno do manancial,
onde não podemos deixar de legitimar a limpeza e a proteção ambiental
enaltecendo a presença da biodiversidade.
Nessa premissa, devemos promover direta e indiretamente a consciência em
diálogo com a comunidade, para que a mesma possa reivindicar melhores técnicas
e melhores suportes empregados ao serviço estadual, ambiental e privado, tendo
como credibilidade minimizar os riscos ambientais, e combater o escoamento de
material improprio como esgoto, lama, a propagação de doenças junto ao conjunto
hídrico e à jusante que transcende para a barragem.
Assim, cabe recorrer aos órgãos governamentais, estaduais, secretarias do
meio ambiente, embasa, gestão pública, grupos sindicais, movimentos,
instituições e demais setores sociais/políticos para garantir a manutenção da
bacia hídrica de São Felipe, tendo como prioridade conscientizar primeiramente
a população, no intuito de agregar direitos e discussões plausíveis. Reforçando
assim, a organização social, com uma ‘estratégia’ de garantia, onde as pautas
sobre a reconfiguração ambiental, junto ao manancial seja analisado e
requalificado ganhando visibilidade e um melhor abastecimento, no que tange
pontuar a continuidade da preservação, compromisso e respeito com a sociedade e
natureza. Texto Elaborado Por:
Edmare Correia dos Santos
Graduanda em geografia pela
Universidade do Estado da Bahia UNEB-Campus V
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