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Amélia Rodrigues, cidade que fica a cerca de 87 quilômetros de Salvador,
 reclamam que não têm água encanada há mais de quatro anos e que, mesmo 
assim, a conta de água chega todo mês. A lavradora Anaildes Almeida é uma das pessoas que sofrem com o problema.
Por
 conta da falta de água, ela precisa ir pelo menos três vezes por dia a 
uma bica, que fica a mais de um quilômetro da casa dela, para conseguir 
água limpa. Ela conta que todo o serviço de casa é feito com a água da 
bica. "[Usamos] para cozinhar, para lavar, para limpar a casa, para 
tudo”, diz a lavradora.
A situação é ainda 
pior para a aposentada Maria José Almeida, de 67 anos, que precisa fazer
 o mesmo percurso, carregando peso. “Já estou com a coluna que não 
aguento mais. Não aguento nem abaixar mais, de tanta dor", fala a 
idosa. A dona de casa Marileide Queiroz 
conta que, mesmo sem água encanada há três anos, ela continua pagando a 
contas, que chega todo mês. na casa dela, dona de casa:
“Nós
 estamos pagando porque somos consumidores, temos responsabilidade e 
arcamos com nossa responsabilidade. Pagamos os recibos em dia e não tem 
uma gota de água na torneira”, afirma. Em
 2015, após reclamações da comunidade, a Embasa tinha dito que enviaria 
carros-pipa para amenizar a situação, até que o problema do fornecimento
 fosse regularizado. Os moradores, entretanto, disseram que os carros-pipa nunca foram enviados.
A
 reportagem entrou em contato novamente com a Embasa, que informou que 
vai enviar carros-pipa para abastecer a comunidade, até normalizar o 
fornecimento. Ainda segundo a empresa, 
alguns moradores estão bombeando irregularmente a água direto do ramal, e
 reduzindo a pressão, o que impede que a água chegue nas partes mais 
altas da comunidade.
 
 
 
 
 
 
 
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