A eleição para a nova diretora da União dos
Municípios da Bahia (UPB) acontece nesta quarta-feira (25) na sede da
entidade no Centro Administrativo da Bahia. Entre 8h e 17h os prefeitos
de pelo menos 360 cidades das 417 do estado poderão depositar o voto na
urna. A apuração de votos começa logo após as 17h e as primeiras prévias
serão divulgadas a partir das 18h, conforme a assessoria de imprensa da
entidade.
Na última eleição, a ex-prefeita de
Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB), foi reeleita com quase 80% dos
votos. Foram 257 contra 69. A participação de 326 gestores foi
significativa, contudo, diante de um cenário de polarização da política
baiana entre o governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador ACM
Neto (DEM), a expectativa é de que ao menos os 360 regularizados
participem do pleito.
A disputa pela
presidência da UPB acontece entre o prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures
Ribeiro (PSD), apoiado pela base aliada do governador Rui Costa e o
prefeito de Euclides da Cunha, Doutor Luciano que embora seja do PDT,
entra na peleja alicerçado pelos apoiadores de Neto, portanto, é
considerada uma candidatura de oposição.
Eures
recebeu declarações públicas de apoio de Rui Costa e das principais
lideranças do bloco. O senador Otto Alencar endossou a postulação do
gestor. Otto é presidente do PSD baiano. Por outro lado, as informações
que circulam é que o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (PMDB),
entrou em cena para pedir votos ao candidato pedetista.
Fontes
do Bocão News afirma, no entanto, que já houve desistência de membros
da chapa de Doutor Luciano. A candidatura do pedetista é tratada no
cenário macro como aquela que serve ao propósito de “marcar posição”. Ou
seja, com poucas chances de vitória, a ideia é demonstrar alguma força e
não deixar Eures, leia-se governo, “correr solto”.
A
entidade é vista como estratégica pelos campos políticos por lidar
diretamente com os interesses dos prefeitos. Os gestores municipais são
fundamentais na disputa pelo voto majoritário de 2018. No campo
eleitoral é essa a principal função. Já no campo municipal é os
prefeitos precisam de representação para tentar minorar os efeitos da
crise.
A principal bandeira de ambos os
candidatos é a discussão sobre a repactuação tributária do país. Governo
Federal fica com a maior fatia dos impostos, seguido pelos governos
estaduais. Às prefeituras resta pagar parte significativa das contas e
pouco dinheiro. Esta é pauta antiga da entidade e os avanços nos últimos
anos foram discretos. Para além, ressalta-se que a UPB tem um orçamento de R$ 500 mil mensais.
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