 
         
         
O prefeito de Poções, na Chapada Diamantina, 
Leandro Mascarenhas (PTB), e seu vice Jorge Santos (PTB) tiveram seus 
mandatos eletivos cassados por decisão do juiz Álerson do Carmo 
Mendonça, titular da 59ª Zona Eleitoral. A decisão ocorre após ação movida pelo Ministério Público Eleitoral e pela coligação "Por uma Poções cada vez melhor".
De
 acordo com a sentença do magistrado expedida nesta quarta-feira (5), o 
prefeito responde pelo crime de captação ilícita de recursos durante a 
campanha eleitoral. Na prestação de 
contas de campanha, a chapa anunciou ter aplicado o montante de R$ 
82.718,97 com recursos próprios. No entanto, o patrimônio declarado foi 
de R$41.881,74 existente em conta corrente e R$687,51 aplicados em conta
 poupança.
Outra irregularidade 
apontada pelos denunciantes foi o fato de o vice-prefeito ter cedido uma
 picape modelo Nissan Frontier para a campanha, sendo que o bem não 
consta em sua declaração patrimonial junto ao registro de sua 
candidatura. Ainda no que diz respeito ao
 montante usado em campanha, o prefeito diz ter tomado um empréstimo de 
R$ 50 mil para uso em campanha, o que os denunciantes apontam como 
ilegal. 
"O vultoso empréstimo, obtido 
de maneira ilegal, ultrapassou a mera irregularidade formal, restando 
configurada a má-fé dos investigados. Como já se disse alhures, não é 
crível que os investigados, contando inclusive com assessoramento 
contábil e jurídico e ampla divulgação das normas pela Justiça Eleitoral
 local, não tenham tido conhecimento da vedação legal", argumentou o 
magistrado em sua sentença.
O juiz apontou 
ainda que, diante da acirrada eleição ocorrida em Poções, cujo resultado
 revelou uma diferença entre os candidatos de pouco mais de quatrocentos
 votos, o valor do empréstimo, além de ilegal, desequilibrou o processo 
eleitoral em favor do prefeito eleito. Os acusados terão três dias para apresentação de recurso à decisão que cassou seus mandatos.
 
 
 
 
 
 
 
0 Comentários