Nos últimos quatro anos, programas de pós-graduação cresceram 25%

O número de programas de pós-graduação no Brasil teve crescimento de 25% nos últimos quatro anos. O Sistema Nacional da Pós-Graduação (SNPG), em dados absolutos, avançou de 3.337 para 4.175 programas entre os anos de 2013 e 2016, indica a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

No quadriênio apurado pela avaliação, houve um aumento de 77% no número de cursos de mestrado profissional. O mestrado acadêmico e o doutorado também evoluíram atingindo um percentual de aumento de 17% e 23%, respectivamente. Mais da metade (51%) dos programas avaliados possuem mestrado e doutorado, totalizando 2.128.

O SNPG tem hoje 1.270 programas dedicados exclusivamente ao mestrado acadêmico (30%); 703 são mestrados profissionais (17%); e 74 programas de pós-graduação possuem apenas o curso de doutorado (2%). Excelência: Atualmente, 465 (11%) programas possuem desempenho equivalente a padrões internacionais de excelência, com notas 6 e 7. Um percentual de 18% do SNPG atingiu nota 5, alcançando nível de excelência nacional.

As notas 4 e 5 significam um desempenho entre bom e muito bom. Aos cursos que apresentam padrões mínimos de qualidade, com desempenho médio, é atribuída nota 3. Programas abertos recentemente, que não formaram turmas, e que participam pela primeira vez da avaliação, geralmente mantêm a nota inicial de recomendação, 3 e 4.

Entre as áreas do conhecimento com a maior concentração de cursos com excelência internacional estão Microbiologia, Parasitologia e Imunologia com 41,4%, Química com 34,8%, Astronomia e Física 33,3%, Matemática, Probabilidade e Estatística 32,3% e Geociências com 31,7%.

Acesse aqui a tabela com a concentração dos cursos de excelência. A avaliação quadrienal da Capes revela que o crescimento dos cursos foi acompanhado pela manutenção da qualidade da pós-graduação brasileira. A maioria dos 4.175 programas avaliados (67%) tiveram suas notas mantidas; 22% aumentaram os conceitos e apenas 11% apresentaram queda nos índices.

Desempenho regional: Em relação às notas, a região Norte se destacou com a maior proporção de notas mantidas e uma maior concentração de programas nota 3, por serem novos. Foram 113 programas com nota 3, e 72 com nota 4.

O Norte tem cinco programas de excelência nacional com nota 6. São eles: o programa de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus; e os programas de Geologia e Geoquímica, Genética e Biologia Molecular, Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários e Desenvolvimento sustentável do Trópico Úmido da Universidade do Pará, em Belém.

Nessa região, onde a pós-graduação teve início relativamente tardio, estão localizados somente 5% dos programas brasileiros, num total de 227, e quase a metade deles está no Pará. Apesar do crescimento expressivo, a oferta ainda apresenta déficit, já que cerca de 8% da população do País reside na região.

Ainda assim, 15% de seus programas melhoraram as notas. Também em relação às notas, a região Sul concentrou a maior proporção de programas com notas aumentadas (28%) e a menor redução (7%). O Centro-Oeste teve aumento em 24% das notas, e o Nordeste, 19%. No outro extremo, o Sudeste teve a maior proporção de programas com notas diminuídas (14%), ficando acima da média nacional.

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