457 pessoas tiveram o Bolsa Família bloqueado em Conceição do Almeida

Mais de 220 mil pessoas tiveram o Bolsa Família bloqueado ou cancelado no estado da Bahia, após um cruzamento de dados apontar irregularidades no recebimento do benefício do governo federal. A Bahia é o segundo estado em número de cancelamentos e de bloqueios no programa.

De acordo com relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério da Transparência, divulgado na quinta-feira, o estado teve 170 mil cancelamentos e 55 mil bloqueios do benefício. Em todo o país, foram encontradas inconsistências cadastrais nos dados de 2,5 milhões de famílias.

Pelas regras do Ministério do Desenvolvimento Social, tem direito ao Bolsa Família quem tem renda mensal familiar de até R$ 170 por mês. As pessoas que ganham entre R$ 170 e R$ 440 tiveram o benefício bloqueado. Já os que ganham acima de R$ 440 tiveram o benefício cancelado. No município de Conceição do Almeida-Ba, 457 pessoas entre elas mulheres com filhos tiveram o benefício bloqueado.

Os órgãos realizaram cruzamento de dados de gastos e renda das famílias em busca de possíveis fraudes. Isso foi feito usando informações do Cadastro Único declaradas pelos beneficiários quando se inscreveram no programa e outros dados oficiais da base do Ministério da Transparência.

Foram verificados, entre outros pontos, vínculos empregatícios, aposentadorias e a situação de pensionistas.

Algumas pessoas que tiveram o benefício cancelado ou bloqueado na Bahia, no entanto, dizem não saber o motivo da suspensão do benefício. É o caso da autônoma Simone Almeida, que vive com os dois filhos.

Ela conta que ganha R$ 200 por mês com a venda de água, refrigerante e salgadinhos. Mas desde o ano passado, quando o filho mais velho começou a trabalhar, ela teve o benefício do Bolsa Família, de R$ 196, cancelado.
No documento de cancelamento, consta que na casa dela a renda é de R$ 356 reais por pessoa. Ela nega. "Não é verdade de forma alguma. Tenho dois filhos, sendo que apenas um trabalha, mas não recebe salário mínimo. Além disso tenho um filho menor de 8 anos, que não tem renda nenhuma", diz.

F: G1/Bahia

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