Nesta quinta-feira (8), dia da posse do prefeito de Salvador, ACM Neto, como presidente nacional do Democratas, ao menos duas falas reforçaram a tese de que os custos serão barateados. Primeiro do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pré-candidato à presidência da República pelo partido.
Maia afirmou que vai investir em uma campanha mais voltada para a internet. E, consequentemente, com custo operacional mais baixo. O novo presidente do DEM foi mais longe. Criticou os candidatos “de estúdio”, criações de marqueteiros. O tom de ACM Neto é parecido com o repetido por outros atores do cenário político. A campanha de 2018 terá mais pé na rua e nas redes sociais, e menos investimentos em superproduções como nas últimas campanhas.
Aquele mantra da democracia ter um alto custo para o país será menos real, já que os candidatos vão dispor de bem menos recursos para fazer uma campanha eleitoral. O risco, no entanto, é que o eventual uso de caixa 2 de campanha aconteça com maior frequência dos que os já registrados na Lava Jato – e em todas as ações derivadas da operação.
Pelo menos há uma consequência boa nos debates recentes, pois a população parece mais interessada em fiscalizar os atos dos agentes políticos, o que diminui a chance de abuso de poder econômico. Resta saber como funcionará a campanha para presidente em um país com dimensões continentais como o Brasil.
Rodrigo Maia, ao falar que investiria mais nas campanhas estaduais, deu o sinal: candidaturas competitivas em âmbito regional terão mais impacto no projeto de chegar ao Palácio do Planalto do que a campanha do candidato à presidência em si. Este texto integra o comentário desta sexta-feira (9) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Excelsior FM, Clube FM e Irecê Líder FM.
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