Feminicídio de adolescente completa 1 ano em Salvador: 'Pesadelo', diz mãe de vítima

O feminicídio da adolescente Andreza Victória Paixão, de 15 anos, baleada na casa do ex-namorado, no bairro de Itapuã, em Salvador, completou um ano nesta terça (17). O ex-namorado da garota, Adriel Montenegro, 21 anos, que é filho de um policial militar e apontado como autor da morte, cumpre prisão preventiva, sem prazo para expirar.

Além disso, não há data definida para que o caso seja julgado. "A dor que a gente sente nunca passa, eu continuo neste pesadelo", revela a consultora Lívia Tito, mãe de Andreza. Um ano após o crime, Lívia conta que engordou 20 kg, que não tem mais vontade de sair de casa e que faz tratamento com um terapeuta.

"Essa dor ainda é muito forte em mim", disse. Lívia disse ainda que evita passar momentos festivos com a família. "Quando tem um feriado, eu quero viajar. O réveillon passei na igreja, e minha família se reuniu, mas eu não consegui encontrar com eles, porque é um momento de lembranças, todo mundo chora e eu fico pior", disse. O ex-namorado da adolescente  de 15 anos ficou foragido por cinco meses após o crime segundo informações do G1.

No dia 25 de setembro de 2017, ele se apresentou no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acompanhado de um advogado. Ele chegou a ser incluído no "Baralho do Crime" da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), que reúne os criminosos mais procurados do estado. Três meses após a morte de Andreza, durante uma entrevista ao G1, em julho de 2017, a mãe da menina disse que teria paz quando soubesse da prisão de Adriel, pois para ela, naquele momento estaria sendo feita Justiça.

Entretanto, quase sete meses após a prisão do rapaz, ela diz que ainda não consegue sentir a paz que esperava. "A prisão traz sim um acalento, uma sensação de Justiça em andamento. Mas eu ainda não consegui superar e, para ser sincera, nem sei se vou, porque nunca mais vou ver minha filha", concluiu.

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