Com novas regras, Fies abre inscrições na próxima segunda (23)


Se você entrou agora na faculdade e está pensando em pagá-la com o auxílio do Financiamento Estudantil (Fies) pode se preparar. Após meses de espera, as inscrições para firmar novos contratos começam na próxima segunda-feira e vão até 30 de abril. Mas, atenção: novas regras instituídas pelo Ministério de Educação (MEC) em novembro do ano passado dificultam um pouco as coisas. Uma das principais mudanças é a exigência de pontuação mínima no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ter direito ao benefício. Há uma luz no fim do túnel. Essa regra, especificamente, só começa a valer no dia 30 de março. Então, quem não conseguiu fazer 450 pontos na prova objetiva ou tenha tirado zero na redação tem quase um mês para conseguir se inscrever e garantir o benefício. E um detalhe: a exigência não vale para o candidato que comprovar ser professor. Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ainda não há estimativa de quantos novos contratos devem ser firmados este semestre, mas a Bahia tem o terceiro maior número de contratos entre 2010 e 2014: 131.807.

O estado só fica atrás de São Paulo e Minas Gerais. De acordo com o presidente da Associação Baiana dos Mantenedores do Ensino Superior (Abames), Carlos Joel, aproximadamente 30% dos estudantes devem ficar de fora do financiamento, caso percam o período de inscrição antes da mudança.“São estudantes aptos a estar no ensino superior que vão ser excluídos por um critério econômico, porque a qualidade acadêmica é apenas uma situação para mascarar isso”, declara. Outra mudança é que os alunos não poderão acumular a bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni) e o financiamento em cursos diferentes. A complementação do valor, entretanto, continua sendo permitida. Para Joel, não há critério que explique como foi definida a pontuação mínima. “Qual é a referência de 450 pontos? Não é nem a metade da prova”, questiona. O Enem já era exigido para a inscrição do Fies, mas com objetivo diferente. “Era apenas para análise de desempenho do estudante, fazer um comparativo do quanto ele aprendeu quando entrou na faculdade e quando saiu, a partir do Enade”, explica Joel.

Postar um comentário

0 Comentários