O emplacamento dos ciclomotores, tipo de moto 
conhecida como "cinquentinhas", aumentou 280,3% em 2015, quando 
comparado a 2014, informou a Associação Brasileira dos Fabricantes de 
Motos e Similares (Abraciclo), nesta quinta-feira (14). De janeiro a 
dezembro do ano passado, foram 64.692 unidades registradas, enquanto no 
mesmo período de 2014, o número foi de 17.011 ciclomotores.
Somente
 em dezembro de 2015, 25.520 unidades foram emplacadas, representando um
 crescimento de 1.669,8% sobre 1 ano atrás. Esse crescimento foi 
impulsionado por uma nova regra para os ciclomotores, que começou a 
valer em julho passado.
O Departamento 
Nacional de Trânsito (Denatran) determinou que as motos de até 50 cc de 
cilindrada deveriam ser emplacadas pelos Detrans (Departamentos 
Estaduais de Trânsito). Antes, a tarefa era dos munícipios e o índice de
 emplacamento era baixo. As prefeituras alegavam não ter condições de 
arcar com o processo e muitas "cinquentinhas" circulavam sem placa, 
apesar de o Código de Trânsito obrigar o licenciamento.
 Com
 a nova regra, os Detrans emplacam não somente os modelos novos, mas 
também os usados, por isso não é possível relacionar o crescimento a um 
aumento do comércio de "cinquentinhas". Tanto que as vendas desse tipo 
de moto no atacado, isto é, para as distribuidoras, caíram 41,9% em 
2015, também segundo a Abraciclo, na comparação com 2014. Essa alta de 
emplacamentos ocorre em um momento que o mercado geral de motos está em 
baixa e fechou 2015 com uma queda de 16,8% na produção.
Prazo
 para a habilitação: Como também já era previsto por lei, para conduzir 
as "cinquentinhas" é necessário habilitação, mas a falta de placa 
prejudicava a fiscalização. Como muitos usuários não tinham o documento,
 o Denatran deu um prazo até 29 de fevereiro para que os usuários 
obtenham a documentação.
Segundo o órgão, os 
usuários podem escolher entre a ACC, habilitação específica para os 
ciclomotores, ou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do tipo A, que
 é a mesma de motos e também válida para as "cinquentinhas". Entre as 
considerações do Contran para este novo prazo, está a "necessidade de 
reforçar e incluir conteúdo específicos à formação de condutores de 
ciclomotores".
 
          
 
 
 
 
 
 
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