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Silva Ribeiro foi preso na noite desta última quarta-feira (03) em 
Araruama, no Estado do Rio de Janeiro, acusado de assassinar o filho, 
Robson Júnior, de 13 anos. A polícia acredita que a disputa pelo 
reajuste da pensão alimentícia, de R$ 280, tenha motivado o crime.
Ribeiro
 nega o assassinato e diz que enterrou o filho em uma praia depois que o
 menino se afogou, acidentalmente, porque temia ser acusado da morte do 
filho. A versão foi considerada "fantasiosa" pela polícia. Robson
 Júnior desapareceu na tarde de 10 de março. A mãe dele, a 
massoterapeuta Monalisa Santos, o havia deixado na porta de um curso 
preparatório, mas o menino não chegou a entrar na escola.
Quatro
 dias depois, o corpo da criança foi encontrado na Praia do Dentinho, em
 adiantado estado de decomposição. O laudo do Instituto Médico Legal 
(IML) foi inconclusivo para a causa da morte. Como
 o corpo não tinha marcas de bala nem ferimentos na cabeça, a polícia 
acredita que o menino tenha sido morto por enforcamento. Durante
 as investigações, policiais da 118ª Delegacia de Polícia (Araruama) 
recolheram as imagens das câmeras de segurança instaladas perto da 
escola.
Ao analisarem as gravações, 
descobriram que Ribeiro havia passado pelo local próximo ao horário em 
que o estudante desapareceu. A partir de dados do GPS e das antenas de 
celular, a polícia refez o caminho do eletricista até a Praia do 
Dentinho.
Ao prestar depoimento e ser 
confrontado com as imagens das câmeras de segurança, Ribeiro primeiro 
disse que havia dado carona a um estudante de camisa azul até Praia 
Seca. Era a cor do uniforme do filho. Ele acreditava que a polícia 
tivesse imagens do filho no seu carro e quis apresentar um álibi. 
Depois, ao saber que os policiais reconstituíram seu trajeto, disse que 
havia ido com o filho à praia e contou a versão do afogamento da 
criança.
A polícia já sabia que Ribeiro e 
Monalisa tiveram séria discussão seis dias antes do desaparecimento do 
filho. Ela queria a revisão da pensão, mas Ribeiro não aceitava. Ele 
pagava inicialmente R$ 150 e havia aumentado para R$ 280. Mas a 
ex-mulher acreditava que ele pudesse contribuir com mais, já que estava 
trabalhando para empresa de offshore.
"Ele 
acreditava que teria de pagar esse reajuste retroativamente aos 10 anos 
do menino, quando houve a separação. O acusado estava com casamento 
marcado para setembro. Ele queria começar do zero", disse um policial, 
ouvido pela reportagem. O desaparecimento
 de Robson Júnior mobilizou os moradores de Araruama, e a prefeitura 
decretou luto oficial quando o corpo do menino foi encontrado.
Nas
 redes sociais, Ribeiro havia postado imagem de um laço preto, em sinal 
de luto, depois de reconhecer oficialmente o corpo do filho no IML. Monalisa
 havia chegado a defender o ex-marido, quando internautas o acusaram de 
reagir friamente à morte do filho, em entrevistas para a TV. Nesta
 quinta-feira (4) ela compartilhou a publicação de uma amiga, que 
anunciava a prisão do assassino de seu filho. "Foi o pai biológico. O 
mesmo já está preso", dizia o post.
 
 
 
 
 
 
 
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