‘Com a faca e o queijo’: Ano será de barganha para prefeitos baianos, diz Eures Ribeiro

O ano de eleição para cargos estaduais e federais não será de descanso para os prefeitos eleitos em 2016. O presidente da União dos Municípios Baianos (UPB) e porta-voz dos gestores municipais, Eures Ribeiro (PSD), defende que 2018 é o momento ideal para que os prefeitos utilizem a corrida de terceiros para reivindicar mais recursos para os orçamentos.

“O prefeito é a base eleitoral do deputado e do governador. É ele quem vai atrás de voto, que bate na porta do eleitor. Será que os candidatos não vão querer nos ouvir no ano de eleição deles?”, comenta Eures que completa: “Este é o ano que todo mundo vai bater na nossa porta e estaremos com nossas pautas na mão para atende-los”.

A principal reivindicação da UPB para o período é o aumento do repasse de recursos para as cidades baianas. Os gestores pedem à aprovação do aumento de 1% do Fundo de Participação dos Municípios em setembro na Câmara dos Deputados, o repasse do auxílio financeiro de R$ 2 bilhões aprovado pelo presidente Temer através de uma medida provisória e o repasse de 25% do valor dos royalties do petróleo pelo governo do Estado.

Com todas as esferas das eleições envolvidas nas pautas municipais, Eures se mostra otimista no diálogo e na conquista das questões. “Estamos com a faca e o queijo na mão e vamos saber usar bem”, diz. “Nossas pautas terão que ser atendidas. Caso não, elas pesarão no pleito eleitoral”, declara.

Os prefeitos baianos devem se reunir no final de janeiro em Salvador para discutir como vão pressionar e em que tom as conversas com as outras esferas políticas seguirão. “O pensamento dos prefeitos é radicalizar”, dispara o presidente que conta que, por um grupo de WhatsApp, os prefeitos da Bahia conversam sobre como irão agir.

Entre as ações já planejadas, a UPB deve, no final deste mês, marchar com o prefeitos, em Salvador, para fazer suas reivindicações. Em março, o movimento se alinha com o de outros gestores do Brasil e segue para a capital do país para pressionar a Câmara. Sobre as possíveis sanções, caso as demandas municipais não sejam atendidas, Eures fala que tudo será decidido na assembleia da UPB em janeiro.

Recentemente o presidente da entidade levantou a possibilidade dos municípios baianos não repassarem o aumento do piso salarial de professores caso o governo federal não aumente a verba destinada a educação municipal.

“A gente acreditava que o pré-sal poderia ser convertido em melhorias para a educação municipal, mas isso não aconteceu. Existem municípios baianos que usam até 100% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica para pagar salário e não se faz educação assim”, argumenta Eures. Informações do Bahia Notícias

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