Sob gritos de 'mito', Jair Bolsonaro anuncia general Mourão como vice em sua chapa

Sob gritos de "mito", o candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, anunciou neste domingo (5) o general Hamilton Mourão como vice em sua chapa. O anúncio, feito em um clube na zona norte de SP, foi para um público formado por pessoas com camisetas com o rosto de Bolsonaro, trajes com estampas militares e com bandeiras nacionais e do Estado.

O capitão do Exército foi recebido por uma bateria de escola de samba e um homem fantasiado de Capitão América. Nos poucos trechos audíveis do discurso de Bolsonaro, em sua maioria incompreensível por problemas no som, ele elogiou outros cotados para o cargo, como o general Augusto Heleno.

Além disso, fez ataques à "esquerdalha" e ao establishment político. "Eles podem ter televisão e o dinheiro, mas só nós temos o povo do nosso lado", disse. O candidato Jair Bolsonaro subiu ao palco acompanhado dos filhos, Flávio e Eduardo. Também estava o ex-ator Alexandre Frota, candidato a deputado federal, que se tornou um dos nomes da direita mais influentes da internet segundo o Folha de S.Paulo.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro foi o primeiro da família a discursar e fez um discurso voltado a policiais e entusiastas de armas. "Sabe porque nossos policiais morrem? Porque se eles atirarem eles sabem que vão responder um processo", disse. "O estatuto do desarmamento não melhorou a vida de ninguém. Vocês querem que o presidente mude esse estatuto", questionou, para ouvir um grande sim do público.

Em um auditório lotado, o público entoou cantos homenageando Bolsonaro durante toda a convenção. "Lula na prisão, Bolsonaro é capitão", gritavam. No público, havia policiais e movimentos como Direita São Paulo e Direita Sorocabana.

Antes da convenção iniciar, o presidente estadual do PSL, o deputado federal Major Olímpio, candidato ao senado, afirmou que o partido compensará a falta de estrutura com ajuda de agentes de segurança e voluntários como atiradores, caçadores, participantes de motoclubes. Ele admitiu, porém, a dificuldade de atrair quadros competitivos para o partido. "Quem vai querer vir para um partido que tem oito segundos de TV e não usará o fundo eleitoral?", afirmou.

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