Uma princesa que ainda criança é separada dos pais e não sabe que
faz parte da realeza europeia. Um jovem sertanejo que desconhece ser
filho do cangaceiro mais famoso do sertão. Eles se apaixonam, mas, como
nos melhores contos de fada, vão enfrentar muitas dificuldades para
viver esse amor. Essa é a história de “Cordel Encantado” novela de 2011
da Globo, que volta a ser exibida nesta segunda (14), no Vale a Pena Ver
de Novo. Quando passou a primeira vez, no horário das 18h, a trama
escrita por Duca Rachid, Thelma Guedes e Thereza Falcão bateu recordes
de audiência e foi sucesso de crítica -levou os prêmios da APCA
(Associação Paulista de Críticos de Arte) e o Troféu Imprensa como a
melhor novela daquele ano. Reconhecimento mais do que justo. “Cordel
Encantado” é das poucas novelas que conseguem reunir boa dramaturgia a
um elenco afiado e figurino e cenário impecáveis. Tudo isso com
originalidade e com um enredo mágico, inspirado no cordel, gênero
literário muito popular no Nordeste do país, em que os poemas são
impressos em folhetos simples e cantados.
Na trama para a TV, é Miguezim (Matheus Nachtergaele), o responsável
por “cantar” a história, que mistura o refinamento das cortes nobres
europeias às lendas fantásticas do sertão.
A reprise de “Cordel Encantado” é uma ótima oportunidade também para
rever Domingos Montagner (1962-2016) em sua primeira novela na Globo.
Ele é Herculano, o cangaceiro mais famoso do sertão e pai do mocinho,
Jesuíno, papel de Cauã Reymond.
A princesa Aurora, que é criada como Açucena, é interpretada por
Bianca Bin. Bruno Gagliasso dá vida ao vilão, Timóteo. Mas a rainha das
maldades mesmo é a duquesa Úrsula, em boa atuação de Débora Bloch.
Outros núcleos também fazem sucesso na trama, como o do libanês Farid
(Mohamed Harfouch) que tem três mulheres: Neusa (Heloísa Périssé),
Bartira (Andréia Horta) e Penélope (Paula Burlamaqui). Mais sofrida é a
história da recatada (Luiza Valdetaro), obrigada a se casar com o
delegado Batoré (Osmar Prado), apesar de ser apaixonada pelo príncipe
Inácio (Maurício Destri). Com informações da Folhapress.
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