Vinte milhões de brasileiros sofrem de asma no país

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Tratamento inadequado pode agravar muito o quadro de saúde do paciente. Imagem: Reprodução
A asma é uma doença pulmonar que acomete crianças e adultos em todo o planeta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas sofrem com a doença. No mundo, a OMS estima que são 300 milhões sofrendo com a enfermidade. A maior prevalência está entre o sexo feminino.
A pneumologista Larissa VossSadigursky, explica que a asma é uma doença respiratória crônica, juntamente com a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica. “As principais características dessa enfermidade pulmonar são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Com a prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e as mudanças climáticas, os sintomas podem aparecer”, frisa.
A médica fala, ainda, que a doença pode ser controlada e o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta o tratamento. Para isso, a orientação é que o paciente procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS). “Lá, o profissional de saúde terá todas as orientações relacionadas ao tratamento e à prevenção de crises, o que inclui entender os sintomas e sinais de agravamento da doença”.
Larissa Voss orienta que, a asma não tem cura, mas com o tratamento adequado os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. Por isso, é fundamental fazer acompanhamento médico correto e constante, “a maioria das pessoas com asma pode levar uma vida absolutamente normal”. 
Fatalidade
“A asma pode matar em casos extremos e raríssimos. Quando a crise está muito intensa e não é feito o tratamento correto, a asma pode levar à morte”, lembra a pneumologista, que acrescenta, se a pessoa tiver alguma outra complicação clínica (problema de saúde), o corpo pode ficar ainda mais debilitado. “No surgimento dos primeiros sintomas, procure um médico imediatamente”.
A pneumologista frisa que, a maioria das pessoas com asma, fica longos períodos sem sintomas, intervalados com as crises quando expostos a algum agente. No entanto, algumas pessoas têm a deficiência respiratória quase que cronicamente, com alguns episódios mais graves em determinados períodos. “Os ataques de asma podem durar minutos a dias e podem se tornar perigosos se o fluxo de ar estiver muito restrito”. 
Segundo Larissa Voss, o diagnóstico da asma é principalmente clínico, obtido após consulta e avaliação pelo médico, mas também é confirmado pelo exame físico e pelos exames de função pulmonar (espirometria). “O pulmão de uma pessoa asmática é mais sensível, o que faz com que fatores externos, como a poeira, causem falta de ar, o que normalmente não aconteceria em alguém que não tem a doença”.
A prevenção e o controle são a chave para impedir que os ataques de asma comecem. As medicações de uso contínuo servem para minimizar a sensibilidade e a inflamação as quais os brônquios da pessoa asmática estão sujeitos, fazendo com que os pulmões reajam com menos intensidade aos agentes irritantes, como poeira e ácaros. 
Prevenção
Estudos mostram que, as pessoas que não realizam o tratamento contínuo adequadamente acabam deixando cicatrizes em seus brônquios, que podem tornar o quadro irreversível. Nessas situações, mesmo com altas doses de medicamentos não é possível o controle da asma, resultado do não uso da medicação durante anos. Diferente dos broncodilatadores, que apenas revertem o quadro de contração do brônquio, os medicamentos contínuos corticosteróides funcionam para evitar que essas reações aconteçam.
Existem algumas dicas que podem ajudar seu médico a fazer o diagnóstico: Anote quaisquer sintomas que você está tendo, inclusive os que podem parecer sem relação com o motivo pelo qual você agendou o compromisso. Anote quando seus sintomas incomodam mais, por exemplo, se os seus sintomas tendem a piorar em determinados momentos do dia, durante determinadas épocas do ano ou quando você está exposto a outros gatilhos.
Anote informações pessoais importantes, incluindo qualquer estresse ou mudanças de vida recentes. Faça uma lista de todos os medicamentos, vitaminas e suplementos que você está tomando. Leve um membro da família ou amigo junto, se possível. Às vezes pode ser difícil de recuperar todas as informações fornecidas a você durante uma consulta. O acompanhante pode se lembrar de algo que você perdeu ou esqueceu.
Como o seu tempo de consulta é limitado, preparar uma lista de perguntas irá ajudá-lo a aproveitar ao máximo seu tempo. Liste suas perguntas iniciando pela mais importante, caso o tempo se esgote antes de tirar todas as dúvidas. (Tribuna da Bahia)

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