
Todos nós
sabemos, que os pequenos sempre foram os prediletos de Deus, ser
indiferentes a eles, é ser indiferente a Deus!
Jesus se
identifica com os pequenos, e essa identificação vem desde o seu
nascimento. O Filho de Deus, nasceu pobre, não tinha sequer uma roupa
para vestir, seus primeiros visitantes foram os pobres, os
pastores, pessoas simples que nem eram notadas pela sociedade.
Em toda sua trajetória terrena, Jesus sempre se mostrou íntimo dos
pequenos, Ele sempre esteve do lado deles, seu jeito simples de falar da grandiosidade do Reino de Deus, era
de fácil compreensão para eles, porém, de difícil compreensão para os
“grandes”, que na sua alto suficiência, não se sentiam necessitados de Deus.
Por onde
Jesus passava, Ele arrastava multidões, porém, conhecedor do coração humano,
Ele sabia que nem todos que estavam à sua volta, tinha o coração aberto para
acolher a sua mensagem! Junto com o povo simples, que gostava de
ouvi-Lo, estavam também àqueles que queriam apenas confrontá-Lo, os fariseus e
os doutores da lei. A estes, Deus não se revelou através de Jesus.
Através das parábolas, Jesus fala de um Reino de amor, de justiça e de
paz, comparando-o com as coisas simples presente no cotidiano dos pequenos. Era assim, que Ele confundia os
“grandes” que não tinham contato com essas coisas simples, como o plantio
da semente, o fermento na massa, o pão partilhado...
Com o seu
testemunho, Jesus nos ensina que o caminho que nos leva a salvação é o
caminho da humildade, caminho que Ele mesmo percorreu, se
misturando aos pobres e marginalizados.
A nossa
vida cristã, deve ser marcada pela vida de comunhão e acima de tudo, de
humildade. A humildade é a virtude que mais nos
aproxima de Deus, que nos torna parecidos com Jesus! A humildade é o
reflexo da alma, quem é humilde, não presume que o é,
pois dentre todas as virtudes, somente a humildade se ignora a si
mesma.
No
evangelho de hoje, Jesus se dirige ao Pai dizendo: “Eu te louvo, ó Pai, porque
escondestes essas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos
pequeninos.”
Os pequenos, foram os primeiros a responderem
positivamente a oferta do Reino: os discípulos, pessoas simples, sem
nenhuma escolaridade. Foram eles, os primeiros a aderirem à proposta de
Jesus, a absorverem a sua mensagem, não pela inteligência, mas pela
a abertura à graça de Deus, que os levou a fazer a experiência de Jesus
em suas vidas. Já os fariseus e os doutores da lei, perderam a
oportunidade de experimentarem na convivência com Jesus, a grandiosidade
do amor do Pai, por estarem presos as leis, aos por menores, que ofuscavam os
seus os olhos, impedindo-os de visualizar em Jesus, a face humana do Pai.
Os critérios de Deus são diferentes dos critérios humanos, nós, temos a
tendência de valorizar os “grandes,” gostamos de incensá-los, de colocá-los no
pedestal! Enquanto que Deus valoriza a essência humana, o que
está escondido na profundidade do coração!
Dificilmente, reconhecemos a sabedoria de Deus presente nos pequenos,
preferimos acreditar nas palavras retóricas das pessoas de alto
"nível intelectual". Com isso, deixamos escapar as mensagens
que Deus quer nos passar através das pessoas simples. Esquecemos de que Jesus,
o Mestre de todos os mestres, o profeta Maior de todos os tempos,
serviu-se de meios humanos bem simples, para realizar as maravilhas de
Deus no meio de nós!
Quem é
pequeno aos olhos do mundo, é grande aos olhos de Deus!
Tornar-se pequeno, é a condição necessária para que possamos
reconhecer Jesus como nosso Deus e senhor!
Aos que carregam o peso impostos pelos que detém o poder, Jesus faz um
convite: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos
vosso fardos, e eu vos darei descanso.”
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