Os 280 mil participantes que tiveram a prova do Enem
(Exame Nacional do Ensino Médio) adiada farão, neste domingo (4),
redação com o tema "Caminhos para combater o racismo no Brasil". Além
disso, haverá provas de matemática e linguagens. Os concorrentes têm
cinco horas e trinta minutos para responder às 90 questões e escrever o
texto argumentativo de, no máximo 30 linhas. PUB As provas, que garantem
vagas em universidades públicas e bolsas em particulares, são feitas em
418 locais em todos os Estados, exceto no Acre, Amazonas, Amapá e
Roraima. Estão inscritas para esta aplicação 277.622 pessoas. Os Estados
com maior número de inscritos são Minas Gerais (72.302), Paraná
(43.617) e Bahia (37.927). A primeira aplicação ocorreu nos dias 5 e 6
de novembro em todo o país. Hoje, fazem o Enem participantes cujas
provas foram adiadas porque os locais onde fariam os exames estavam
ocupados por manifestantes contrários à PEC 55 (que estabelece limite de
gastos públicos) e à reforma no ensino médio proposta pelo governo
Temer. Problemas de infraestrutura, como falta de energia elétrica,
também adiaram as provas em alguns locais. Quem fez a prova em novembro
escreveu um texto argumentativo com o tema "Caminhos para combater a
intolerância religiosa no Brasil". As provas, no entanto, vazaram a pelo
menos dois candidatos antes do início do exame, segundo a Polícia
Federal. O MEC (Ministério da Educação) diz que o acesso às provas está
sendo investigado. Além disso, o tema é similar ao que aparece em uma
imagem divulgada em 2015 pelo MEC para desmentir outro boato de
vazamento. Por isso, o procurador Oscar Costa Filho, do MPF (Ministério
Público Federal) no Ceará, pediu a anulação da redação. Mas o
desembargador federal Ivan Lira de Carvalho, do Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, negou o pedido na última sexta-feira, por entender
que o tema não é o mesmo. O juiz federal José Vidal da Silva, da 8ª
Vara Federal do Ceará, já havia negado o pedido do procurador, que
recorreu da decisão. O MEC divulgou nota na qual cita trechos da decisão
do desembargador: "Como bem afirmou o magistrado de primeiro grau, a
mera menção a assunto assemelhado ao exigido no Enem de 2016 em prova
falsa, divulgada em 2015, não implica, nem de longe, que tenha havido
uma violação do sigilo do exame de seriedade suficiente para comprometer
todo o resultado do certame". Com informações da Folhapress.
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