No dia em que serão realizados protestos contra as
reformas governistas, o presidente Temer cortará o ponto de servidores
públicos que faltarem ao trabalho para aderir à greve geral marcada para
sexta (28). Para adotar a medida, a
atual administração tem se baseado em decisão do STF, a qual estabeleceu
que o poder público deve cortar os salários de servidores em
paralisação.
O Palácio do Planalto tem
lembrado que na sexta-feira (28) não haverá ponto facultativo, mesmo às
vésperas do Dia do Trabalhador, e que, portanto, o entendimento da
Suprema Corte pode ser adotado. A
expectativa de assessores e auxiliares presidenciais é de que a adesão
de categorias de trabalhadores ao protesto desta sexta-feira (28) seja
maior ao da última manifestação, realizada em março.
O
monitoramento das redes sociais, no entanto, tem apontado que a
mobilização tem se concentrado nos grandes centros urbanos, tendo pouca
repercussão nos municípios de médio e pequeno portes. Para
reduzir o potencial das manifestações, aliados do presidente consideram
buscar centrais sindicais mais próximas ao governo peemedebista, como
Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores).
As duas, contudo, não têm demonstrado disposição em desistir das paralisações. O
presidente avaliava viajar no dia da manifestação, mas decidiu
permanecer em Brasília, onde acompanhará as mobilizações. O receio é que
o aumento do movimento eleve a pressão sobre a base aliada contra a
reforma previdenciária, a principal bandeira política da atual gestão.
Nas
últimas semanas, o Palácio do Planalto tem tentado blindar
parlamentares governistas que têm recebido queixas de sua bases
eleitorais sobre as reformas previdenciária e trabalhista.
Com
esse objetivo, além de aumentar a publicidade em veículos de
comunicação, o presidente tem concedido uma bateria de entrevistas,
incluindo programas populares, como dos apresentadores José Luiz Datena,
da Bandeirantes, e de Carlos Roberto Massa, o Ratinho, do SBT. Em
campanha nacional, a gestão peemedebista já gastou até agora R$ 29,5
milhões só com produção e veiculação de propagandas favoráveis às
mudanças na aposentadoria.
0 Comentários