As unidades de Farmácia Popular fecharam em todo o
país. Segundo o Ministério da Saúde, os gastos para o programa que
atendia cerca de nove milhões de pessoas chegavam a R$ 100 milhões por
ano. A partir de agora, toda a verba será gasta na compra de remédios, e
o governo anuncia que deve repassar o acréscimo de 10% diretamente aos
estados ou municípios. O governo federal alega que os custos dos
aluguéis e funcionários das farmácias populares consumiam 80% dos
recursos do programa e que tomou a decisão para poupar dinheiro e
conseguir comprar os medicamentos. Agora, alguns destes remédios podem
ser retirados nas farmácias credenciadas que já atendem ao programa e
outros apenas nos postos de saúde.
Medicamentos de uso contínuo: Apesar
de ser uma alternativa, as farmácias privadas conveniadas têm uma lista
de remédios mais baratos mais restrita. A preocupação da população é
que a boa parte dos medicamentos retirados são de uso contínuo, isto é,
não podem ter o uso interrompido. De acordo com o ministério, remédios para asma, hipertensão e diabetes representam mais de 90% da demanda.
Bahia: As
farmácias populares que funcionavam na Bahia, por meio de convênio
entre Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e Ministério da Saúde,
encerraram as atividades em 2015, sendo um dos motivos a comercialização
dos ativos da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), onde estavam
instaladas. Por ano, as unidades consumiam recursos da ordem de R$ 7,6
milhões, enquanto as receitas totalizavam aproximadamente R$ 1,1 milhão.
Dos 112 medicamentos disponíveis nas unidades da Rede Baiana de
Farmácia Popular do Brasil, a maioria é disponibilizada dentro Programa
da Assistência Farmacêutica Básica, que envolve estado e municípios, e é
encontrada, em sua maioria, nos postos de saúde. De acordo com a
Sesab, medicamentos para diabetes, hipertensão e asma são distribuídos
gratuitamente em mais de 800 farmácias credenciadas à rede.
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