Foto: iStock (Foto ilustrativa)
As
doenças cardiovasculares e os cânceres estão no topo da lista das
principais causas de morte, não apenas no Brasil, como em todo o mundo.
No entanto, dificilmente se ouve falar de um diagnóstico que relacione
um câncer ao coração. Mas mesmo sendo pouco conhecidos, os tumores
cardíacos existem e quase sempre demoram a ser diagnosticados, já que os
portadores da doença costumam ser assintomáticos. O cirurgião
cardiovascular, Dr. Marcelo Sobral, explica que a condição é bem rara e,
por isso, quase não se houve falar dela. "A maioria dos casos de
tumores cardíacos estão ligados a metástases de tumores originados em
outros órgãos e que, em um estágio mais avançado, afetaram também o
coração. Mas é possível que o tumor tenha origem nos tecidos musculares
do coração, devido a alguma mutação no processo de crescimento e divisão
das células do corpo, mas na maioria dos casos são benignos", conta o
especialista. De acordo com o cirurgião, a baixa incidência da doença se
dá por causa do tecido muscular que compõe o órgão. Ao contrário de
outras partes do corpo, as células do coração encerram o ciclo de
divisão muito cedo e sem essa divisão celular, as chances de haver uma
multiplicação das células, que é justamente o que caracteriza o câncer,
tornam-se muito menores. "Diferentemente de outras cardiopatias, o tumor
cardíaco não segue um padrão, afetando pessoas de determinada idade,
sexo ou hábitos de vida. Ele pode acometer qualquer indivíduo e como a
maioria não apresenta sintomas, a suspeita só surge quando alguma
anormalidade aparece em um eletrocardiograma, por exemplo", afirma
Sobral. Nos casos em que o paciente apresenta sintomas, segundo o
médico, eles costumam variar entre falta de ar e perda da capacidade
física, insuficiência cardíaca súbita, arritmias ou queda súbita da
pressão arterial, até uma embolia ou um derrame, sintomas comuns de
outras doenças. Quanto ao tratamento, ele ressalta que varia de acordo
com o tipo, extensão ou localização dos tumores. "Pode ser indicada a
retirada do tumor, sessões de quimioterapia e de radioterapia, além das
medicações específicas para retardar a progressão da doença e conter os
sintomas", conclui. (Noticias ao Minuto)LOCUTOR PACHECO 10
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