Um estudo realizado pelo EndoDebate em parceria com a Revista Saúde,
mostrou que 80% das pessoas com diabetes tipo 2 apresentam indícios de
comprometimento cardiovascular. Mais da metade (52%) indicam pelo menos
dois destes sintomas: tontura, dores no peito e nas pernas, falta de ar e
palpitações.
Intitulado “Quando o Diabetes Toca o Coração”, o estudo foi lançado
em junho pelo laboratório Novo Nordisk e divulgado nesta semana. A
pesquisa entrevistou 1.439 pessoas com e sem diabetes tipo 2, com idade
entre 47 e 55 anos.
O levantamento mostrou que 64% dos diabéticos não seguem
rigorosamente o tratamento e apenas 48% dos pacientes consideram a
doença muito grave. O diabetes aparece atrás do câncer (92%), do
acidente vascular cerebral (79%), do infarto (75%), do mal de Alzheimer
(74%), da insuficiência renal (70%) e da insuficiência cardíaca (56%).
“A atenção ao coração é um dos grandes desafios no segmento do
paciente com diabetes. Temos objetivos desafiadores no século 21 que vão
além do controle da glicose no sangue, fundamental para o tratamento do
diabetes tipo 2. Tudo isso passa também por reduzir o peso e o risco de
hipoglicemia e umentar a segurança do ponto de vista cardiovascular”,
disse o médico endocrinologista e fundador do EndoDebate, evento que
ocorre até hoje (20) na capital paulista, Carlos Eduardo Barra Couri.
Desconhecimento
Sobre a primeira palavra lembrada ao pensarem em problemas do
coração, 662 entrevistados mencionaram infarto; 159 disseram morte; 39,
hipertensão; 25, AVC. O diabetes ficou em último. Entre os diabéticos,
61% disseram acreditar que a doença está entre os fatores de risco para
problemas cardiovasculares, contra 42% entre os não diabéticos. Nos dois
grupos, a pressão alta aparece em primeiro lugar, seguida do colesterol
e dos triglicérides altos.
Para 60% das pessoas com diabetes tipo 2, o médico transmitiu
informações insatisfatórias ou nem mencionou as questões relacionadas ao
coração na última consulta para controlar o diabetes. Embora 62% desses
pacientes tenham sido diagnosticados há pelo menos cinco anos, 90%
dizem ainda sentirem falta de mais informações durante o tratamento.
“O tempo é determinante. É muita informação que o médico tem que
passar. Eu acredito que há uma mistura de falta de informação e
desconhecimento de como abordar direito esse paciente. Como falar em um
tom acolhedor humano e ao mesmo tempo incisivo, informativo? Muitos
médicos não sabem como fazer isso”, comenta Couri.
Percepção limitada
Apesar da gravidade da doença, a pesquisa também revelou uma
percepção limitada sobre os riscos do diabetes tipo 2. Ao todo, 64% das
pessoas com diabetes entrevistadas não seguem o tratamento à risca. “A
adesão ao tratamento começa quando o médico abre a porta do consultório,
quando o médico levanta para atender o paciente, quando o paciente tem
uma consulta digna, quando o médico ouve o paciente. Adesão é muito mais
do que explicar como toma o remédio, é acolher o paciente e ser humano
na consulta”, explica Couri.
Segundo o laboratório parceiro da pesquisa, 13 milhões de pessoas
vivem com o diabetes tipo 1 ou tipo 2 no Brasil. Desse total, estima-se
que 90% tenham diabetes tipo 2, no qual o pâncreas produz a insulina
insuficiente ou não age de forma adequada para diminuir a glicemia. Ele é
mais comum em adultos com obesidade e em pessoas com histórico familiar
de diabetes tipo 2. Quase metade das pessoas com diabetes tipo 2 não
sabem ter a doença. Além disso, duas a cada três mortes de pessoas com
diabetes são ocasionadas por doenças cardiovasculares.
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