Falta
de ar, vertigem e fadiga são sintomas que costumam ser associados ao
cansaço, excesso de trabalho, estresse ou a outros problemas de saúde
como a asma. Porém, em alguns casos esses sinais podem ser indícios de
uma doença mais grave e pouco conhecida: a Hipertensão Pulmonar
Tromboembólica Crônica, conhecida como HPTEC. Apesar de ser um tipo raro
de hipertensão pulmonar, o problema pode ser debilitante a ponto de
incapacitar os pacientes a tomarem banho sozinhos.
A doença se dá pela formação de um trombo que se instala no
pulmão, o que restringe o fluxo sanguíneo e aumenta a pressão dentro da
artéria pulmonar, incapacitando o paciente de realizar atividades
simples, diminuindo a sua qualidade de vida gradativamente e levando-a à
morte em poucos anos”, explica Marta Leite, pneumologista
coordenadora do Ambulatório de Hipertensão Pulmonar do Hospital das
Clínicas da Universidade Federal da Bahia.
Apesar das causas ainda não serem conhecidas, estudos relacionam o
desenvolvimento da HPTEC a um histórico de embolia pulmonar aguda,
quando coágulos sanguíneos chegam aos pulmões. Esses coágulos podem se
fixar à parede da artéria pulmonar, se tornam fibrosos e, ao longo do
tempo, obstruem o vaso, fazendo com que a pressão arterial pulmonar
suba.
“Progressivamente, a HPTEC reduz a capacidade de fazer atividades
físicas, aumenta a fadiga e, na fase mais avançada, torna praticamente
impossíveis afazeres simples como pentear o cabelo”, conta a
médica. Já no estágio mais agudo, a pressão força o coração até ele não
resistir, levando a uma insuficiência cardíaca fatal.
E o problema não para por aí: além de terem que conviver com os
sintomas dessa doença, cerca de 40% dos pacientes não são elegíveis à
primeira opção de tratamento, que é a cirurgia para a retirada do
trombo. Para eles, a alternativa possível é o tratamento com um
medicamento aprovado pela Anvisa e comercializado atualmente no país
para a doença. A questão é que esse remédio não é acessível a todos, já
que não está no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ou seja: aqueles que não são elegíveis à cirurgia e não tem condições
de arcar com os custos desse medicamento, não tem mais opções para se
tratar. E os pacientes sem tratamento vivem apenas de 3 a 5 anos.
A boa notícia é que, na última semana, foi aberta uma consulta
pública com o intuito de ouvir a opinião da população a respeito da
inclusão desse tratamento no SUS.
O Ministério da Saúde posicionou-se contra o fornecimento da
medicação gratuitamente a esses pacientes, mas a decisão pode ser
revertida. Toda e qualquer pessoa, sendo ou não paciente, tem o direito
de participar e contribuir para que as chances de inclusão aumentem.
O medicamento que entrará em análise é responsável por retardar a
progressão, melhorar a função pulmonar do paciente e reduzir os sintomas
da doença. Está disponível em mais de 40 países, entre eles, EUA, Japão
e Alemanha.
Para contribuir com a causa, basta entrar no site Consulta Pública, preencher os dados e discordar do parecer. “Essa
é uma atitude que não ocupa muito tempo e pode ter um impacto
definitivo na qualidade de vida dos pacientes. Quanto maior o número de
participações, mais chances temos de tornar essa conquista real”,
afirma Paula Menezes, presidente da Associação Brasileira de Apoio à
Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (ABRAF). A
consulta fica aberta até 04/01.
(Noticias ao Minuto)
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