A bancada evangélica no Congresso vai tentar garantir imunidade total de impostos para igrejas na reforma tributária.
A frente parlamentar que representa o segmento – composta por cerca de
200 deputados e senadores – está com um texto pronto para ser incluído
na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata das mudanças no
modelo fiscal do País.
“Queremos
fazer a definição da extensão da imunidade tributária, que hoje está
prevista na Constituição, mas é muito vaga”, afirmou o presidente da
Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, deputado Silas Câmara
(Republicanos-AM).
“Nós
pediremos para o relator definir a extensão dentro do texto e acabar
com a confusão do que é ou não direito e dever do segmento religioso no
país. “Apesar de a bancada evangélica ser a autora da emenda, outras
instituições religiosas, como a Igreja Católica, também poderão ser
beneficiadas.
A reforma tributária é uma das pautas econômicas
de Paulo Guedes que serão tratadas como prioridade pelo Legislativo em
2020. Há, porém, indefinição sobre qual proposta deve ser votada
primeiro. Duas PECs, uma na Câmara e outra no Senado, tramitam
paralelamente. Uma comissão mista será formada para tentar chegar a um
consenso.
A Constituição proíbe a cobrança de impostos para
“templos de qualquer culto”. Governos em diferentes localidades, porém,
têm encontrado brechas para cobrar tributos como IPTU e ICMS das
igrejas. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando o templo funciona em um
imóvel alugado ou quando a instituição possui outras instalações, como
casa para o pastor ou pavilhão de eventos, entre outros. Por isso, a
ideia da bancada é alterar a lei para garantir isenção de todo o
complexo da instituição, e não só do templo.
O prefeito de São
Paulo, Bruno Covas (PSDB), e o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC),
sancionaram leis recentemente ampliando a imunidade tributária das
instituições religiosas após apelos da ala evangélica.
Na capital
paulista, a partir deste mês as igrejas poderão fazer um pedido pela
internet para ficarem isentas de IPTU. Isso atende àquelas que usam
imóveis alugados. No Rio, Witzel sancionou na semana passada lei que
acaba com qualquer cobrança de impostos pelo Estado e pelos municípios
fluminenses em templos.
No caso do ICMS, a isenção total
pretendida pela bancada poderá ser aplicada a contas de consumo, como
luz e telefone. Uma emenda com o mesmo teor já havia sido apresentada
pela bancada na comissão que começou a discutir a reforma tributária na
Câmara. Segundo o texto, a imunidade seria garantida para tributos sobre
imóveis, renda, bens, remessa de recursos para missionários no exterior
e remuneração de pastores.
A emenda da bancada garante também
isenção da cobrança previdenciária para entidades de assistência social,
normalmente vinculadas a igrejas, retirando da Constituição a condição
de atender “às exigências estabelecidas em lei”.
No fim de 2019, o
Congresso aprovou a prorrogação de benefícios fiscais para igrejas e
instituições de assistência social até 2032. A proposta tratava de
isenções vinculadas ao ICMS, que havia se esgotado em 31 de dezembro de
2018. Agora, a intenção da bancada é tornar estes benefícios
permanentes, sem que sejam necessárias novas votações para prorrogá-los.
(Época Negócios)
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