Dez micos foram encontrados mortos no povoado de 
Genipapo, no município de Saúde, no norte da Bahia, com suspeita de 
febre amarela. A informação foi confirmada ao G1 nesta sexta-feira (14),
 pela Diretoria Regional de Saúde (Dires) de Jacobina, também 
responsável pela cidade de Saúde.
Conforme a 
Kátia Cristina Alves, diretora da Dires, os macacos foram encontrados 
mortos no dia 14 de março em uma área do povoado. Eles não tinham sinais
 de violência. Material colhido dos animais foi enviado ao Laboratório 
Central de Salvador (Lacen), e, por enquanto, há a confirmação da morte 
de um deles por febre amarela. Ainda segundo Kátia Cristina, os micos não tinham sinais de violência.
Não
 casos suspeitos e nem confirmados de febre amarela em humanos no 
município de Saúde. A diretora de saúde da região afirmou que, após os 
casos em macacos, toda a poulação foi vacinada e foi feito o bloqueio a 
mosquitos Aedes Aegypti, por meio de inceticida. De
 acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), a Bahia não tem 
nenhum caso confirmado de febre amarela em humanos, com infecção dentro 
do território do estado.
Conforme 
boletim divulgado pela secretaria, na quinta-feira (13), foram 
notificados, até a mesma data, 15 casos suspeitos de febre amarela em 
humanos, em oito municípios (Itiúba– 1; Coribe – 4; Itamaraju– 1; 
Mucuri-1; Nova Viçosa-1; Teixeira de Freitas- 3; Ilhéus- 1; Feira de 
Santana – 1; casos com pessoas residentes no estado de Alagoas que 
passaram por vários locais na Bahia - 2).
No 
último boletim, divulgado no dia 30 de março, o número de casos 
suspeitos em humanos era 16. Segundo a Sesab, a redução de um caso no 
comparativo é referente a reanálise de um caso de Itamaraju, cuja 
paciente foi infectada no Espírito Santo, no município de São Mateus. 
Sete casos foram descartados para febre amarela nos seguintes 
municípios: Coribe (4); Mucuri (1); Teixeira de Freitas (2) e oito 
permanecem em investigação, dependendo de resultados laboratoriais.
Mortes em macacos
Em
 toda a Bahia, segundo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do 
Estado (Sesab), na quinta-feira (13), foram registrados 209 mortes de 
macacos com suspeita de febre amarela, em 67 municípios. Houve a 
confirmação em 32 animais. Sete a mais do registrado até o dia 3 de 
abil.
A mortes dos macacos ocorreram em 18 
municípios: Alagoinhas, Biritinga, Camaçari, Catu, Cordeiros, Esplanada,
 Feira de Santana, Itaparica, Ituberá, Nova Viçosa, Ouriçangas, Pedrão, 
Salvador, Santa Rita de Cássia, São Felipe, São Miguel das Matas, Saúde e
 Vera Cruz.
Macaco não transmite doença
O
 macaco não é transmissor da febre amarela. A morte do animal, segundo 
especialistas, deixa o alerta sobre a incidência da doença na região e 
possibilita ações dos governos para evitar epidemias. A
 febre amarela tem duas formas de transmissão: a silvestre e a urbana. 
Os casos que estão sendo registrados no país estão relacionados à forma 
silvestre. 
O
 nome tem a ver com o fato de que as situações ocorrem em regiões rurais
 ou de mata. Neste contexto, os transmissores são os mosquitos 
Haemagogus ou Sabethes. Quando os mosquitos picam um macaco doente, eles
 [mosquitos] se tornam capazes de transmitir o vírus a outros macacos e 
ao homem.
Na forma urbana da febre 
amarela, que está erradicada no Brasil desde 1942, a doença é 
transmitida pelo Aedes Aegypti, que hospeda o vírus ao picar um animal 
infectado e pode contaminar humanos. A boa notícia é que isso não 
aconteceu ainda, de acordo com o Ministério da Saúde e os médicos 
entrevistados. Apesar da diferença entre 
as formas silvestre e urbana, o vírus transmitido é o mesmo, assim como a
 doença resultante da infecção.
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